No outro dia lembro-me de ver uma reportagem num canal televisivo em que um jornalista ia perguntar a manifestantes, professores do ensino secundário, quem tinha sido o primeiro Presidente da República, o último rei de Portugal e em que ano tinha sido assinado o tratado de Tordesilhas - para o meu espanto muitos havia que não sabiam qualquer uma das respostas.
Isto não quer dizer que os professores do ensino secundário sejam todos maus, pois efectivamente muitos há que primam pela dedicação e competência. No entanto, é grave que um país tenha a educar as suas crianças, docentes que ao que parece não se inibem de demonstrar a sua ignorância e não sabem identificar os pontos de referência históricos de Portugal.
Grave também é o facto de um chefe de governo, a menos que seja um tirano, ser recebido numa cerimónia pública por uma série de populares que lhe decidem chamar todo o tipo de nomes. Este tipo de atitudes demonstram o nível educacional e principalmente civilizacional do nosso país, que pelos vistos anda pelo nível da calçada.
2 comentários:
Digo-lhe: pode ser vegonhoso, mas tanto umas situações como outras têm atenuantes.
Tordesilhas - foi numa época de tantas datas que até baralha;
Último Rei - quem é que foi assassinado e que é que ficou? O assassínio foi em 1908 e a República só "veio" em 1910?!
Primeiro Presidente - com governos de meses, quem é que se lembra dos nomes?
Sócrates apupado? quer o quê, que o incluam nos testamentos, por ser tão bom para os portugueses?
As perguntas acima são boas para programas de cultura geral, como o "Sabe mais que um miúdo de 10 anos?", mas o que realmente seria embaraçoso era o jornalista perguntar quais as medidas concretas que os professores contestavam e estes não saberem responder (e muitos não sabem, sabem apenas que estão a ser "lixados")!
Atreides,
Gostava que o professor dos seus filhos não tivesse noção de quem foi o último rei de Portugal ou o primeiro presidente da república?
Enviar um comentário