O que aconteceu com Eduardo Barroso é o espelho do que é um povo invejoso, sem noção do que deve ser um Estado Social e Meritocrático - no fundo, é o mesmo do que aconteceu a Paulo Macedo na Direcção-Geral dos Impostos. Ambos têm provas académicas e principalmente profissionais amplamente reconhecidas, ambos eram competentes naquilo que faziam e sobre ambos caiu a mesquinhez daqueles que confundem Serviço Público com Filantropia e Mecenato.
Um profissional que é bom, como ambos, já o disse, também o eram, deve ser chamado a servir o Estado, a contribuir para melhores serviços públicos e ser remunerado na justa medida do trabalho que desempenha - talvez convenha aqui lembrar a teoria da régua lésbica de Aristóteles, ou seja, devemos tratar o igual como igual e o diferente como diferente, isto sim é um verdadeiro conceito de Justiça.
Ao defender esta posição muitos me podem atacar dizendo que não sou de esquerda, enganam-se sou tão de esquerda que defendo estes valores e em congroência sempre apoiei a tributação às grandes fortunas e a taxa Tobin - mais uma vez trato o diferente como diferente.
Neste momento corremos o grave risco de vermos os melhores académicos a fugirem ou para fora do país ou para o ensino privado, de vermos os melhores gestores no sector privado e tudo que há de bom no Serviço Público ser afastado e ainda por cima mal tratado - a inveja é uma coisa muito feia.
1 comentário:
Entretanto está ao lado da Ala Liberal, e a defender o fim do salário mínimo... Premiar o mérito e a competência, sim, mas temos de estar conscientes das limitações.
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