Willy Brandt foi um dos maiores resistentes alemães ao nazismo, que houve na história. Teve uma juventude recheada de militância política, que o levou a ter que fugir da Alemanha para os países nórdicos, primeiro a Noruega e depois a Suécia. Durante este período, trabalhou sempre em grupos esquerdistas, sendo constantemente procurado pelos nazis.
Regressou à Alemanha após o final da guerra, tendo estado envolvido no renascimento do SPD e feito parte, como deputado, do primeiro parlamento democrático pós-guerra. Tempos mais tarde acabou por se candidatar a presidente da autarquia de Berlim, tendo conseguido primeiro uma votação de 52,6% e depois 61,9%, que acabaria por ser a maior votação de sempre do SPD. Tempos depois acabaria também por ser eleito líder federal do SPD e chanceler federal da região de Berlim.
No entanto, o momento de maior protagonismo e brilhantismo político de Brandt, foi quando em 1969 foi eleito Chanceler da Alemanhã, em coligação com o Partido Liberal. O seu mandato foi protagonizado pela Ostpolitik, que consistiu numa série de esforços para aliviar as tensões entre o Bloco de Leste e as democracias de Oeste, tudo em plena Guerra Fria. A sua política culminou na assinatura de acordos de normalização com a Polónia, URSS, RDA e Tchecoslovaquia. Estes feitos fizeram com que lhe fosse atribuído o prémio Nobel da paz em 1971.
Em 1974 haveria por se demitir devido a um escândalo sobre a descoberta de um espião alemão-oriental no seu gabinete. Em 1976 acabaria por se tornar presidente da Internacional Socialista e em 1979 deputado no Parlamento Europeu, onde permaneceu até 1983. Nunca se reformou do seu activismo político, até falecer em 1992 vítima de cancro.
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