O Henrique Burnay respondeu-me, no 31 da armada, a um comentário relativo à polémica em torno da licenciatura de José Sócrates. Gostava contudo de esclarecer alguns pontos que dizem respeito a esta questão:
- Já começo a compreender que a direita, ou pelo menos parte dela, não está preocupada com o facto do primeiro-ministro ter ou não licenciatura. Acho que tal facto é um sinal de que os portugueses têm a consciência de que o trajecto académico dos políticos não é vital para que cumpram o seu mandato com competência. Espero que seja um sinal de que o nosso país se preocupa cada vez menos com a forma e cada vez mais com o contéudo.
- No que diz respeito à hipótese de José Sócrates ter mentido aos portugueses, tenho que te lembrar que tal, pelos menos ainda, não está provado. Por isso seria melhor esperarmos por uma reacção do mesmo e pela conclusão de todo este "processo" mediático. Caso tenha utilizado indevidamente o título de "Eng." podemos fazer uma de duas leituras: ou o fez conscientemente e então agiu mal, mas não põe em causa o seu trabalho no governo; ou em segunda hipótese não sabia de todas as hipotéticas irregularidades da sua licenciatura.
- Quando referes que José Sócrates optou pelo caminho mais fácil para concluir a sua licenciatura, não posso concordar contigo. Se o tivesse feito não teria ainda ido fazer um MBA ao ISCTE, onde duvido que existam facilitismos seja para quem for.
- No que concerne ao facto dos portugueses não darem importância às mentiras dos políticos, não consigo concordar contigo. Se tivessemos a falar de uma questão fiscal, como no antigo caso do António Vitorino, certamente que o escândalo seria muito maior e haveria por aí muita gente a pedir a demissão do primeiro-ministro. No entanto, esta questão é meramente académica e como tu mesmo afirmas: "eu, e o resto do mundo ao que parece, não acho relevante se o Primeiro-ministro é licenciado ou não".
- Já começo a compreender que a direita, ou pelo menos parte dela, não está preocupada com o facto do primeiro-ministro ter ou não licenciatura. Acho que tal facto é um sinal de que os portugueses têm a consciência de que o trajecto académico dos políticos não é vital para que cumpram o seu mandato com competência. Espero que seja um sinal de que o nosso país se preocupa cada vez menos com a forma e cada vez mais com o contéudo.
- No que diz respeito à hipótese de José Sócrates ter mentido aos portugueses, tenho que te lembrar que tal, pelos menos ainda, não está provado. Por isso seria melhor esperarmos por uma reacção do mesmo e pela conclusão de todo este "processo" mediático. Caso tenha utilizado indevidamente o título de "Eng." podemos fazer uma de duas leituras: ou o fez conscientemente e então agiu mal, mas não põe em causa o seu trabalho no governo; ou em segunda hipótese não sabia de todas as hipotéticas irregularidades da sua licenciatura.
- Quando referes que José Sócrates optou pelo caminho mais fácil para concluir a sua licenciatura, não posso concordar contigo. Se o tivesse feito não teria ainda ido fazer um MBA ao ISCTE, onde duvido que existam facilitismos seja para quem for.
- No que concerne ao facto dos portugueses não darem importância às mentiras dos políticos, não consigo concordar contigo. Se tivessemos a falar de uma questão fiscal, como no antigo caso do António Vitorino, certamente que o escândalo seria muito maior e haveria por aí muita gente a pedir a demissão do primeiro-ministro. No entanto, esta questão é meramente académica e como tu mesmo afirmas: "eu, e o resto do mundo ao que parece, não acho relevante se o Primeiro-ministro é licenciado ou não".
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