domingo, 29 de abril de 2007

Nasceu um novo projecto associativo na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

sábado, 28 de abril de 2007

Já não consigo ouvir falar da polémica em torno do Museu Salazar. Hoje, houve mais uma manifestação em Santa Comba Dão, organizada por uma facção do PNR (MNTIR) e que juntou cerca de 300 admiradores do ex-ditador, que recorreu a uma polícia política, depurtações e tortura para se manter no poder. António Oliveira Salazar, que obrigou o povo a sustentar uma guerra colonial à custa de muitas vidas e da miséria de toda a metrópole. Gostava ainda de lembrar o isolamento que o nosso país viveu durante a ditadura, com uma economia atrasada e fechada num coorporativismo estupido, sustentada por um pseudo-génio das finanças públicas.
Lamento informar estes senhores, mas o regime mudou, hoje vivemos numa democracia moderna e europeia, onde os ideais fascistas são proíbidos e consequentemente a sua propagação. Por esse motivo, a polícia de choque deveria estar era em Santa Comba Dão, em vez de andar a vigiar anarquistas no Chiado.
Mas se a população acha que se deve contrariar a CRP e deve haver livre apelo a ideais de extrema-direita, tudo bem. Aliás o TC já se pronunciou a favor do funcionamento do PNR, perante isto não há nada a fazer. Se querem construir um museu de apologia ao ex-ditador fascista tudo bem. Não se esqueçam de fazer um também de homenagem a Álvaro Cunhal, ao Otelo Saraiva de Carvalho e ao Vasco Gonçalves.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

A sondagem realizada pela Eurosondagem, que hoje foi publicada na SIC, demonstra apenas masuquismo dos madeirenses. Para além de tudo apontar para a sua reeleição, Alberto João Jardim conseguirá aumentar em 5,6% a votação do PSD.
O PS fica-se pelos 23,8%, sendo que toda a oposição irá ver a sua votação reduzida, em relação às eleições regionais de 2004. No total, calculo que os "sociais-democratas" irão eleger cerca de 30 deputados regionais. É também de estranhar o facto das badaladas candidaturas do PND (em cisão com o PSD-M) e do MPT (em cisão com o PS) não conseguirem eleger nenhum deputado. O CDS/PP e PCP deverão ficar-se pelos 2 deputados e o BE por apenas 1.
No fundo, as eleições regionais na Madeira são um grande hino à democracia. Ou pelo menos à democracia ao jeito de Alberto João Jardim, que continua a brincar com o governo central e a monopolizar, em torno do PSD, vários sectores da região. Fico sinceramente triste por observar que os madeirenses vivem bem com o seu presidente e que tão triste personagem vai ser novamente reeleita. Cada um tem o que merece.

A trapalhada na CML nunca esteve tão grande. Depois de toda a polémica em torno de Fontão de Carvalho ter sido constituido arguído no caso Braga Parques, agora é o presidente da autarquia que também é acusado. Perante isto, o Dr. Marques Mendes não quer prestar declarações e Carmona nada diz aos cidadãos que o elegeram.
Sr. Presidente ponha fim a esta trapalhada, por favor demita-se.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Hoje, como de costume, participei na marcha do 25 de Abril na Av. da Liberdade. Fui juntamente com camaradas da JS rua fora, com as bandeiras ao vento. Várias foram as associações que participaram neste evento, mas a mais curiosa é certamente a que ia atrás de nós. Estratégicamente colocada atrás dos jovens socialistas ia um grupo de jovens, com t-shirts da festa do avante, que apelavam à "libertação" do País Basco".
A não ser que os bascos falem muito bem português, todos eles me pareciam realmente compatriotas nossos. O mais curioso é que estes "activistas bascos" decidiram gritar, pela avenida fora, frases como: "a luta continua, governo para a rua"; ou melhor "PS e PSOE a mesma merda é".
Caso estes senhores não se lembrem, estavamos na festa da liberdade, na comemoração do 25 de Abril, pelo qual muitos activistas do PS lutaram. O maior perigo da democracia é este sectarismo selvagem, daqueles que se julgam donos da liberdade e da democracia, esquecendo-se que a história do PS, como já o afirmou Maria de Medeiros, está intimamente ligada à história da própria democracia. O 25 de Abril quando nasceu foi para todos aqueles que lutaram pela liberdade, por isso estive na marcha e continuarei a estar. Cada vez com mais jovens socialistas e com menos comunistas sectaristas.
Mas se os senhores da "libertação do País Basco" pensam que pensam, pensam mal. Quem pensa por eles, é mesmo o Comité Central.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

A Revista Sábado de 19 a 25 de Abril tem uma reportagem especial sobre o sexo dentro das escolas. Saí há poucos anos do ensino secundário, onde fui presidente da A.E. durante dois anos e membro da Assembleia de Escola durante três e pelos vistos, não estava dentro da realidade. Ao que parece existe um estudo, onde mais de 10% dos estudantes portugueses com mais de 14 anos afirmam já ter tido relações sexuais em estabelecimentos de ensino público. Ao que parece os locais preferidos pelos teenagers são as casas de banho.
Como é óbvio existem sanções previstas pelo Ministério da Educação para estes casos, mas segundo nos é indicado pelos dados apresentados pela Sábado, parece que os conselhos directivos, na maioria dos casos, não têm conhecimento destas situações, ou simplesmente não dispõe de meios para as controlar. Mas na minha opinião, o problema é muito mais profundo do que a simples necessidade de punição e controlo. Estes dados, juntamente com a nossa taxa de gravidez na adolescência, mostram apenas uma coisa: é urgente que exista uma efectifização da educação sexual nas escolas, aprovada na A.R. já no final da década de 80.
É inaceitável que situações como estas ocorram em estabelecimentos públicos de ensino. Sou liberal do ponto de vista dos costumes e não me faz confusão que os adolescentes tenham relações sexuais, ainda que muito novos, mas só não consigo aceitar que estas práticas tenham lugar nas escolas. De quem será a culpa? Sinceramente não sei, mas será muito provavelmente de todos aqueles que defendem que os alunos podem usar sandálias nas aulas e tratar por tu os professores.

domingo, 22 de abril de 2007

Algumas notas sobre o que se passou neste fim-de-semana:

- Paulo Portas venceu, tal como se esperava, as eleições directas com cerca de 70%. Na sua primeira intervenção depois da vitória, afirmou que quer fazer do CDS/PP um grande partido de centro-direita. Sem dúvida que Paulo Portas é um animal político, capaz de ser social-democrata, conservador-liberal, democrata-cristão e agora de centro-direita. Mas afinal qual é a verdadeira ideologia política deste senhor? Aguardo para ver a Moção Global de Estratégia a ser apresentada no próximo congresso.
- Hoje acabou o congresso nacional da JSD em Espinho. O antigo vice-presidente Pedro Rodrigues, derrotou o Presidente da Distrital de Lisboa Bruno Ventura. Parabéns Pedro. Espero que a JSD volte ao debate e à intervenção política, das quais teve arredada durante o mandato do Daniel Fangueiro, que agora passou para Presidente de Mesa.
- O DN fez uma notícia sobre o "post" do Pedro Nuno Santos, relativo ao veto da JCP à intervenção de RAP, na Av. da Liberdade, na próxima quarta-feira. Não quero acreditar que os comunistas quisessem antes um qualquer sindicalista a intervir contra o governo. Deixem isso para o desfile do 1º de Maio.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Gostava de agradecer ao Tio Alberto por ter feito uma ponte com o meu nome. Em 1994 foi feita, no Funchal, a ponte João Gomes. Com mais de 140 metros de altura e 274,5 metros, ganhou o prémio Secil em 1997. Mas mesmo assim continuo a não gostar do governo autoritário da Madeira e a apoiar o Jacinto Serrão... É mesmo pena.

Gostei de ver o comentário do Rui Pena Pires no Canhoto sobre este cartaz do Bloco de Esquerda. Completamente vergonhoso o mesmo, será que o BE está a afirmar que a qualificação académica nada interessa aos jovens? Na minha opinião, parece-me que sim. Então expliquem lá a necessidade dos doutoramentos de Francisco Louçã e Fernando Rosas...

Devido à minha ausência de uma semana na blogosfera, não tive oportunidade de comentar o debate entre Ribeiro e Castro e Paulo Portas na RTP. Mas não poderia deixar de concordar com a análise de JCS no Lóbi do Chá. A Júdite de Sousa e os operadores de câmara foram os verdadeiros vencedores do confronto entre centristas(?!).

Muito se tem falado na blogosfera sobre a polémica em torno do veto ao nome de Ricardo Araújo Pereira, para falar em nome dos jovens, no desfile da Av. da Liberdade, durante as comemorações do 25 de Abril. O secretário-geral da JS, Pedro Nuno Santos, vem na blogosfera repôr a verdade dos factos e denunciar o veto da JCP à intervenção do seu ex-militante.
Gostava de salutar a participação do Pedro Nuno na blogosfera. É importante, numa altura em que o PGR e o próprio José Sócrates vêm críticar a blogosfera, que o líder da maior organização de juventude do país decida expor as suas opiniões com recurso a um blog. O blog "Ladrões de Bicicletas", para além da participação do Pedro Nuno, conta também com os textos do Zé Guilherme, do Nuno Teles e do João Rodrigues, todos do Bloco de Esquerda.

sábado, 14 de abril de 2007

O seguinte texto é pura ficção. O autor não se responsabiliza por qualquer semelhança com a realidade.
Congresso da JP daqui a 10 anos
São 18:20h de Sábado – saio desesperadamente de casa, com uma caneta no bolso e um bloco pautado na mão. Rumo, a pé, para a Av. da Igreja. O cabelo ainda está molhado e as ideias circulam a um ritmo fernético, acelero cada vez mais o passo em busca de um café e um maço de cigarros.
Uma hora antes, enquanto tomava banho, tive uma visão quase profética do futuro. Isto, minutos depois de ter lido algures que hoje fazia oito anos que havia falecido Nuno Krus Abecassis, figura marcante do CDS e da autarquia lisboeta. Juntamente com Adelino Amaro da Costa, foi para mim das figuras mais marcantes da direita, ainda na época democrata-cristã.
Voltando à visão, repito quase profética, que tive durante o meu duche, antevi um congresso da Juventude Popular daqui a 10 anos. Não sei por que é que Ele me escolheu a mim, socialista e agnóstico, para fazer esta revelação ao mundo. Mas sinto-me com responsabilidade acrescida por ser, nesta hora difícil para o CDS, um mensageiro divino.
Estamos pois no XXII Congresso Nacional da JP. A liderança é disputada por duas promessas da direita portuguesa, pela Lista A Martim e pela Lista B Salvador. O habitual sistema de cacique das distritais parece que não está a funcionar e tudo aponta para que o congresso seja decidido em função das características, qualidades e defeitos de cada candidato. Este fenómeno leva a uma grande cobertura mediática do evento, que José Pacheco Pereira já classificou, no seu post 948000 do Abrupto, como a “adesão de Portugal ao estilo de política à americana”.
O primeiro candidato a chegar foi o da Lista A. Martim deu entrada no GarageCongressCenter em Lisboa (antiga discoteca Garage) ladeado pela sua namorada Pimpinha e pelo seu vice-presidente Rodrigo Maria de Vasconcellos de Pinto Costa Soares e Carvalho Brito. Martim chegou no seu Land Rover Defender verde tropa com dois autocolantes, um da loja Triologia e outra da Ericeira SurfShop, ambas patrocinadoras da campanha. Este candidato conta, na minha opinião, com o melhor currículo.
Martim começou a sua carreira política como presidente da A.E. da Escola Secundária Maria Amália em Lisboa, depois de ter sido expulso de um conhecido colégio da capital, por alegadamente ter ingerido dois malibus-cola antes de uma aula de Religião e Moral. Esta jovem promessa da política, tem 23 anos e é finalista do curso de gestão na Universidade Católica, contudo os pontos que jogam mais a seu favor são o facto de ter sido relações públicas da discoteca Absoluto, ter duas participações no campeonato nacional de surf, uma casa em Vilamoura e mais dois irmãos que o outro cantidado – 8 no total.
Mesmo com este brilhante currículo, Martim é muitas vezes confrontado com o seu passado, recheado de processos disciplinares na Juventude Popular. Corria o ano de 2010 e Martim foi condenado por se ter dirigido a um colega de partido - em pleno Conselho Nacional em Vale do Lobo - tratando-o na segunda pessoa. Dois anos depois, foi também condenado por ter sido apanhado na Trignometria a fumar um cigarro Marlboro, sendo que as duas únicas marcas permitidas na JP desde da última revisão estatutária são L&M e Lucky Strike. Contudo, a situação mais grave sucedeu-se recentemente , quando acusou, na imprensa, o seu rival Salvador de ser um “surfista de banheira” e de “usar calças pouco largas, que não deixam mostrar os boxers”. Corre ainda outro processo por se ter referido ao calçado desportivo como “téni”, em vez de “ténis”. Absolutamente lamentável.
Salvador chegou ao congresso pouco tempo depois, ao volante do seu Golf IX prateado, com dois gigantescos autocolantes dos seus patrocinadores: Rip Curl e Billabong, sugerindo desde já que tem mais dinheiro que o seu rival para esta campanha. O candidato da Lista B vem vestido com uma t-shirt azul cueca onde se pode ler “não destruam as ondas”, umas calças largas da Rip Curl (uma eventual resposta a Martim) e uns ténis Vans. A sair do bolso direito é visível uma fita para as chaves rosa-choche da marca Roxy que foi dada pela sua namorada “Felipa”. Na mão traz o seu telemóvel anti-choque laranja com um autocolante da Reef e o maço de tabaco Lucky Strike, em gesto de pura provocação a Martim. Salvador teve uma entrada mais triunfante que o seu opositor, sendo recebido por dezenas de congressistas que gritaram entusiasticamente: “Salvador vá em frente tem aqui a sua gente!”. Um momento bonito, de política pura.
O candidato da Lista B tem 24 anos e começou tardiamente a sua carreira, pelo facto de ter frequentado sempre colégios privados, onde não havia associações de estudantes. Contudo, Salvador revelou-se um líder quando, aos 18 anos, organizou a XV viagem de finalistas do seu colégio a Lorett del Mar. Um exímio praticante de Rugby, fanático de Surf e especialista em Snowboard, Salvador decidiu ingressar no curso de desporto da Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa, podendo tornar-se neste congresso um dos únicos líderes da JP a concluir os estudos numa universidade pública.
Este jovem conta no seu currículo com o cargo de Coordenador do Grupo de Jovens da Paróquia do Campo Grande, dois anos como promotor da agência de viagens SporJovem e organizador de campeonatos de Paint-Ball inter-colégios. Em termos de música, gosta de artistas como Matisyahu e Patrice, tendo revelado recentemente que Zeca Afonso usava umas roupas feias e esquisitas, o que o levou a ser fortemente atacado pela UDP, ressurgida há dois anos após a extinção do BE. Dentro da jota, é fortemente atacado por nunca ter trabalhado na noite e só ter tido 10 vezes o nome na guestlist da discoteca da moda.
Martim foi o primeiro candidato a falar e, no seu discurso, acusou Salvador de ser apadrinhado pelo “Tio Portas” e de no corredor o ter tentado agredir enquanto lhe dizia ofensivamente: “você é um traquina”. Salvador optou por um tom mais leve no seu discurso, tendo prometido mais festas e uma viagem à neve nas férias do Carnaval. No entanto, o que acabou por virar o congresso a seu favor foi o facto de possuir um modelo único da marca de ténis Vans, de cor azul e amarela, com o símbolo da JP. Nesse preciso momento, os congressistas começaram a aplaudir freneticamente o candidato e este aproveitou para prometer um campeonato de Surf no Guincho e a decoração do símbolo da jota com flores havaianas e uma fonte de letra mais “cool”.
Salvador ganhou e Martim abandonou o congresso, chorando nos ombros de Pimpinha, com quem, anos mais tarde, acabou por casar e ter apenas um filho, depois de se ter tornado marxista e ingressado no PSD.

Não tenho dúvidas que João Marcelino está a matar o Diário de Notícias. Morreu o velho jornal e nasceu mais um tabloide semelhante ao 24 horas, Diabo e Tal&Qual. Até já tem uma crónica cor-de-rosa e meninos da Atlântico a escreverem, que mais se podia querer?
Aconselho que leiam o Eduardo Pinto Bernardo sobre este assunto.

Na edição de hoje do Sol o Pinto Coelho, líder do PNR, decidiu por entre muitas outras barbaridades afirmar aquilo, que outro líder partidário já havia dito: "Che Guevara foi um assassíno". O outro líder é Ribeiro Castro. A única diferença é que um lídera um partido pequeno e outro apenas meio partido pequeno.
Aqui vai uma pequena provocação para estes senhores

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Francisco Pinto Balsemão, presidente da SIC e militante nº1 do PSD, deu autorização a um colaborador homossexual da estação televisiva, para que obtivesse licença de casamento, igual à dos restantens funcionários heterossexuais. Com isto, FPB ficou na história e foi dado um importante passo para que o povo português compreenda que os homossexuais devem ter direito ao casamento, para poderem gozar dos mesmo direitos das outras pessoas.
A fonte desta notícia é o Correio da Manhã. A minha opinião sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo pode ser lida aqui.

São vários os responsáveis políticos que parecem estar interessados em que a ratificação do Tratado Europeu seja realizada, no nosso país, sem recurso a referendo. O primeiro a lançar o debate foi Durão Barroso. Pouco tempo depois Cavaco Silva responde ao apelo de Barroso e lança o conselho aos partidos e agora, segundo notícia do DN, José Sócrates "mostrou-se disponível para «ponderar e reflectir» sobre a proposta do Presidente para o abandono do referendo".
Sou favorável ao Tratado Constitucional Europeu e lutarei sempre pela sua ratificação no nosso país. Todavia, acho que a aprovação do Tratado deve, nestas circunstâncias, ser feita com recurso a referendo. Isto pelo facto dos dois principais partidos (PS e PSD) terem sempre "prometido" a realização do mesmo. Mantenho, pois, uma posição coerente com a que tive em relação à lei da IVG, em que, unicamente devido à promessa eleitoral do meu partido, defendi a realização de um referendo, que legitimou ainda mais a lei, recentemente promulgada por Cavaco Silva.
Não deixo, no entanto, de considerar que corremos o risco de estar a abusar do recurso aos referendos, o que consequentemente leva à pouca participação nos mesmos e à perda da respectiva importância. Por este motivo, acho ridícula a proposta de Santana Lopes sobre um referendo à localização do novo aeroporto, e discordo da realização de um novo referendo sobre a regionalização, embora seja favorável à divisão do nosso país em regiões administrativas, ainda durante esta legislatura.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Gostei de ver o primeiro-ministro a explicar, ontem na RTP, a polémica em torno da sua licenciatura na UnI. José Sócrates dismistificou todas as questões, apresentou provas documentais e deitou por terra todos os boatos e insinuações que correram pela blogosfera e pelos jornais. Foi o fim de um escândalo patético e mesquinho.
Que conclusões podemos tirar disto? Apenas que existiu uma classe pseudo-intelectual, que tentou a todo custo ridicularizar o primeiro-ministro, por ter tido um percurso académico um tanto ou quando atribulado. O que ganhou a oposição com isto? Absolutamente nada - só a cegueira política é que leva alguém a pensar, que o povo português está preocupado com o facto do líder do governo ter este ou aquele título académico.
Gostava agora, de ver a oposição comentar antes a revisão em alta do crescimento económico de Portugal, feita pelo FMI no dia de ontem.

Já havia referido o facto de João Marcelino, director do Diário de notícias, ter dispensado o socialista Medeiros Ferreia. As últimas vítimas parece que foram Joana Amaral Dias (BE) e Ruben de Carvalho (PCP). Está de volta o Independente?

quarta-feira, 11 de abril de 2007

O dirigente nacional da Nova Democracia Jorge Ferreira, respondeu no seu blog a um comentário que eu havia feito sobre a sua crítica aos 10 dias administrativos previstos para o encerramento da UnI. Nesse mesmo post, o aveirense reafirmou a necessidade de haver um efectivo encerramento desta instituição, embora deva ser cumprido o prazo previsto no CPA.
Sinceramente acho que não existem soluções milagrosas para a UnI, principalmente porque quando falamos da mesma, falamos também em cerca de 2500 alunos, a maioria trabalhadores-estudantes, que têm aulas todos os dias das 18:00h até às 23:00h.
Acho que em primeiro lugar devemos estar preocupados com o futuro dos mesmos. Por isso o governo deve a muito breve prazo, avaliar se existem condições pedagógicas para garantir o funcionamento da UnI. Se não existirem, esta instituição tem que ser encerrada e têm que ser encontradas soluções para estes alunos, nem que para isso seja necessário abrir vagas para os mesmos nas instituições públicas de ensino superior.

Tenho pena de não ter visto ontem o debate de directores jornalísticos na Sic Notícias. Mas parece que o João Marcelino (DN) não é poupado a críticas pela blogoblocosfera e ao parece depois do debate ainda decidiu dispensar os serviços do Medeiros Ferreira.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Quer se goste quer não, o Daniel Oliveira é já uma das maiores referências da blogosfera nacional. Embora não tenha a mesma cor política dele, no genérico gosto, especialmente do estilo e da forma como aborda cada temática. No que diz respeito ao seu novo post, sobre a promulgação da Lei da IVG pelo P.R., não poderia estar mais de acordo.
Já no que concerne à insistência na mesquinha polémica da licenciatura de José Sócrates, considero a sua opinião vulgar e pouco sustentada. Sobre este assunto prefiro a opinião do Professor (espero que a direita também não duvide do seu título) Vital Moreira no Causa Nossa. Sim refiro-me ao post de dia 8 deste mês, sobre o facto de ninguém em Portugal passar incóulme aos ataques, mesmo que sejam injustos.

Já disse anteriormente que sou favorável a uma lei que seja mais restritiva ao consumo de tabaco em espaços públicos, embora discorde da maioria dos pontos desta nova lei, como a limitação da venda de tabaco a maiores de 18 anos e a proibição de consumo de tabaco em locais de diversão noctura. Contudo a blogosfera também serve para lançar umas provocações, por isso aqui vai uma má notícia para os perigosos radicais anti-tabágicos.

Não gosto de alimentar polémicas, ainda por cima quando são mesquinhas, como a que envolve a lincenciatura de José Sócrates na UnI. Mas acho que a direita não devia ter andado a alimentar este escândalo, pelo menos quando tem rabos de palha. Não é que Marques Mendes foi docente na Universidade Independente no ano lectivo de 1995/96? Precisamente aquele em que José Sócrates terminou a licenciatura, para além disso assegurou "a liderança do Centro de Estudos de Comunicação Política" e integrou a comissão directiva do curso de Ciências da Comunicação.
E se pararmos todos com isto e começarmos a discutir política?

No dia 8 deste mês avisei que nem tudo pelo BE andava bem, as divisões entre as várias correntes subsistem e as notícias que hoje nos chegam pelo DN provam isso. Na moção ontem apresentada por Miguel Portas e Helena Pinto da corrente Fórum Manifesto, a ser discutida na convenção nacional de 2 e 3 de Junho em Lisboa, podem-se ler expressões como: "democracia interna pouco participada", "não se alargou o que era necessário e vive com rotinas organizativas que o fecham", "o activismo é ainda reduzido" e "a esquerda socialista precisa de muito mais".
O eurodeputado e a deputada do BE, ex-militantes da PolíticaXXI, mostram um discurso mais moderado e que na minha opinião vira o bloco para o centro. Contudo, a verdadeira discussão que tem que haver no BE e que poderá levar a uma verdadeira cisão é só uma: deve ou não o BE ambicionar fazer parte de um governo? Se a resposta for sim, então tem mesmo que se moderar, se continuar a ser não a onda de crescimento deste partido vai acabar.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

O Henrique Burnay respondeu-me, no 31 da armada, a um comentário relativo à polémica em torno da licenciatura de José Sócrates. Gostava contudo de esclarecer alguns pontos que dizem respeito a esta questão:

- Já começo a compreender que a direita, ou pelo menos parte dela, não está preocupada com o facto do primeiro-ministro ter ou não licenciatura. Acho que tal facto é um sinal de que os portugueses têm a consciência de que o trajecto académico dos políticos não é vital para que cumpram o seu mandato com competência. Espero que seja um sinal de que o nosso país se preocupa cada vez menos com a forma e cada vez mais com o contéudo.

- No que diz respeito à hipótese de José Sócrates ter mentido aos portugueses, tenho que te lembrar que tal, pelos menos ainda, não está provado. Por isso seria melhor esperarmos por uma reacção do mesmo e pela conclusão de todo este "processo" mediático. Caso tenha utilizado indevidamente o título de "Eng." podemos fazer uma de duas leituras: ou o fez conscientemente e então agiu mal, mas não põe em causa o seu trabalho no governo; ou em segunda hipótese não sabia de todas as hipotéticas irregularidades da sua licenciatura.

- Quando referes que José Sócrates optou pelo caminho mais fácil para concluir a sua licenciatura, não posso concordar contigo. Se o tivesse feito não teria ainda ido fazer um MBA ao ISCTE, onde duvido que existam facilitismos seja para quem for.

- No que concerne ao facto dos portugueses não darem importância às mentiras dos políticos, não consigo concordar contigo. Se tivessemos a falar de uma questão fiscal, como no antigo caso do António Vitorino, certamente que o escândalo seria muito maior e haveria por aí muita gente a pedir a demissão do primeiro-ministro. No entanto, esta questão é meramente académica e como tu mesmo afirmas: "eu, e o resto do mundo ao que parece, não acho relevante se o Primeiro-ministro é licenciado ou não".

A pergunta: Como desbloquear a questão?
(ARTIGO DO DN)


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Fui aderente do Bloco de Esquerda quando o mesmo era ainda uma simples coligação de três forças políticas (PSR, UDP e PXXI) à qual se foi juntar o Ruptura/FER do qual eu era militante. Tempos passaram e a minha visão da política e do marxismo foi-se alterando, desfiliei-me e fui assistindo através da imprenssa e dos relatos de alguns amigos às transformações no BE. Já eu era militante do PS e recebi a notícia de que, devido à nova lei dos partidos, os vários partidos que integravam esta coligação se iam tornar em meras associações políticas.
Os anos passaram, o bloco cresceu eleitoralmente e com isso ganhou poder, para a imprensa passou sempre uma imagem de unidade, mas no seu interior as antigas guerras continuaram. O BE mostrou continuar igual a si mesmo: uma feijoada ideológica. Parece que agora vai haver mais uma convenção, que resultados esperar? Mais união? Não creio.
Os militantes do grupo "Fórum Manifesto" (antigo PXXI) querem adoptar uma postura mais moderada e vão rompendo com o marxismo, por outro lado o PSR continua a apregoar o trotskismo, embora um trotskysmo diferente do trotskismo-morenismo do Ruptura/FER e por isso as facções continuam a trocar acusações. Quanto à UDP não sei qual é a posição, mas também pouco interessa, pois o que é preciso perceber é se o BE tem ou não futuro.

domingo, 8 de abril de 2007

Com a criação da "Associação Movimento Cívico Regiões Sim" parece que o verdadeiro debate político volta à sociedade portuguesa, que até ao momento se limitava a discutir coisas tão chatas e mesquinhas como a licenciatura do primeiro-ministro. Ao que consta este movimento abarca várias personalidades com percursos profissionais e políticos bastante diferentes, o porta-voz será o deputado social-democrata Mendes Bota e o objectivo do movimento é, ao que parece, a convocação, 10 anos depois, de um novo referendo sobre a regionalização.
Sou favorável à regionalização e acho que o falhanço do Sim no último referendo é uma das causas mais profundas do atraso estrutural do nosso país. Mas neste momento o debate tem de ser diferente e a pergunta que se deve colocar é a seuinte: deve a regionalização ser aprovada em referendo? Há uma verdadeira necessidade de chamar os portugueses às urnas para se voltarem a pronunciar sobre este assunto? Existindo referendo, o mesmo terá adesão popular? Às três anteriores questões respondo com um NÃO redondo.
Mais um referendo servirá unicamente para enfraquecer este meio de participação popular na democracia, pois terá uma adesão muito baixa por parte dos cidadãos. Para além disso vamos enfraquecer ainda mais a democracia representativa, onde os cidadãos elegem políticos para legislarem.

Acredito num Portugal Positivo. Só faz sentido vencer a crise se todos concordarmos que Portugal vale a pena!

sábado, 7 de abril de 2007

Miguel Vale de Almeida diz, num post recente, que os dois acontecimentos políticos deste ano são a polémica relativa ao PNR (cartaz xenófobo, reacção dos gatos e vitória de Salazar na RTP) e a questão da licenciatura do primeiro-ministro. Discordo.
Em primeiro lugar não concordo quando MVA diz que estes são os dois acontecimentos do ano. O outdor colocado por RAP e os amigos é simplesmente uma boa piada, enquanto que o pseudo-escandalo da licenciatura de José Sócrates na UnI é uma piada de mau gosto.
As pessoas que criticam José Sócrates por ser primeiro-ministro e ter apenas uma licenciatura numa pequena e pouco prestigiada universidade essas sim têm um enorme défice de formação. Outras há que optam por criticar o processo em si e as suas eventuais ilegalidades, graves é certo, mas a meu ver não o suficiente para colocarem em dúvida o bom trabalho que o primeiro-ministro tem feito no governo.

Terminei ontem a leitura do Clube de Macau de Pedro Rosado, livro que completa a trilogia sobre os submundos do crime em Portugal. Esta obra tem a particularidade de ser o primeiro romance sobre o escândalo Casa Pia, que durante largos meses fez as capas de todos os jornais. Neste momento muito pouco se houve falar deste “caso” e impera a velha regra: “quem fala não sabe e quem sabe não fala”.
Gostei do estilo de escrita leve e de todos os pormenores do livro, adorei o enredo kafkiano e todos os pormenores maquiavélicos de luta pelo poder. A única crítica a apontar é a pouca publicitação do livro por parte da editora.
Quando tiver tempo, espero poder ler os dois outros livros de Pedro Rosado: Crimes Solitários (sobre as relações entre a política e o jornalismo) e Ulianov e o Diabo (sobre a máfia russa em Lisboa).

quinta-feira, 5 de abril de 2007

A UGT deu a prova aos portugueses de que ainda existe sindicalismo com bom senso, que não vive na dependência do aparelhismo do PCP. Ao não aderir à Greve Geral convocada pela CGTP para o dia 30, a UGT consegue preservar a importância deste último recurso de contestação.
Com isto João Proença provou também, que as estranhas ligações do partido de Jerónimo de Sousa com o sindicalismo, não se resumem às bandeiras de Cuba e do Che Guevara nas manifestações na Fontes Pereira de Melo. Bem pelo contrário, a intersindical é monopolizada por um único partido político que usa tantas vezes os trabalhadores como arma de arremesso contra os sucessivos governos.

Até eu que não gosto muito de futebol..

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Se o Daniel Oliveira não estiver a brincar, isto tem mesmo muita piada.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Anda por aí uma cambada de pseudo-intelectuais doutorados e sem vida própria, que continua alegremente a gozar com José Sócrates por ter a licenciatura numa pequena universidade privada. Aproveitam ainda o facto para questionarem a utilização do título "Eng." pelo primeiro-ministro, mais uma vez reafirmo: os portugueses vivem obcecados com os títulos.
Estes Doutores são a prova do provicianismo a que o nosso país chegou. E sabem que mais? Estou mesmo a ponderar trocar a FDL pela UnI: prefiro andar na universidade de José Sócrates do que na de Isaltino Morais, João Vale e Azevedo e Santa Lopes.

Há por aí um jovem blogger que anda a querer seguir as pisadas de Paulo Portas. Mas pelo menos não criou nenhum Independente e perferiu optar por dirigir uma rádio com boa música e uma revista que já teve melhores opiniões. Alguém advinha de quem estou a falar? Sim é PPM. Que infelizmente agora se limita a críticar quem ataca o PNR e a fazer comparações ridículas, entre o que ele chama de "extrema-esquerda" e a extrema-direita.
Voltem Pedro Lomba, Pedro Mexia e Tiago Cavaco, estão perdoados.

Os confrontos entre portistas e benfiquistas, esta noite na Luz, foram uma vergonha. Até aqui tudo bem, mas de quem é a responsabilidade? Podemos continuar a reclamar com a PSP porque não consegue intervir, podemos ainda subir a parada e críticar o MAI, podemos pensar em começar a responsabilizar os clubes que financiam as claques, ou ainda temos a hipótese de sermos mais exigentes e obrigar as autoridades a começarem a fiscalizar e vigiar estas "organizações". Será que alguma das hipóteses terá resultado? Não me parece.
O futebol é um desporto saudável é certo, mas assume proporções macábras na mente dos portugueses. A única solução para resolver o problema das claques é investir mais no sector educativo - os livros são a única opção válida para resolver este problema. Mais cultura e menos futebol.