Não sou natural de Lisboa e resido na capital há apenas um ano e meio, por esse motivo talvez não sou a pessoa mais indicada para opiniar sobre o rumo da autarquia. No entanto, achei curioso que a candidata independente Helena Roseta viesse defender portagens para o acesso à cidade. Telmo Correio já se veio mostrar frontalmente contra, António Costa também e dos outros candidatos ainda não ouvimos uma única palavra sobre este assunto.
Tenho que confessar que este tema é pertinente e que em grande parte concordo com esta proposta, que à primeira vista até pode parecer pouco socialista. Mas se analisermos com algum cuidado esta medida, verificamos que na sua génese é verdadeiramente de esquerda. Porque para mim não é de esquerda que os trabalhadores da margem sul, que se deslocam diariamente para Lisboa tenham que pagar uma taxa para atravessar a ponte, enquanto que os residentes na linha possam trazer gratuitamente o seu carro para Lisboa. É uma questão de igualdade.
No entanto, este argumento não é nem o mais sólido, nem o mais importante. A questão que importa debater é o caos rodoviário que existe em Lisboa e os elevados níveis de poluição, que diminuem em muito a qualidade de vida de quem trabalha e reside na cidade. Sem dúvida que esta proposta da arquitecta faz sentido e iria diminuir em muito o trânsito na capital, só que a ser aplicada teria que ser acompanhada de um melhor serviço de transportes públicos e principalmente mais seguro.
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