Hoje finalmente tive a oportunidade de continuar a ver as entrevistas ao candidatos à Câmara Municipal de Lisboa. Pelos vistos escolhi um bom dia, o dia do Ginjas, perdoem-me Manuel Monteiro.
Estava à espera de uma tónica completamente diferente, por parte do candidato da Nova Democracia e como tal fiquei surpreso, mas foi no essencial uma boa surpresa. Dos partidos ditos pequenos parece-me o candidato melhor preparado.
Manuel Monteiro mostrou conhecer bem os meandros políticos de Lisboa, teve um discurso motivante, bem construído, viu-se que trazia a lição bem estudada e foi inteligente ao escolher o cenário, entenda-se a zona do Intendente/Martim Moniz. Colocou a tónica da entrevista na corrupção, aí atacou um bocado em todas as direcções, mas conseguiu apresentar-se como um candidato que não está comprometido com o sistema.
No entanto, o que achei mais interessante nesta intervenção, foram os alvos escolhidos por Monteiro. O presidente do PND não atacou a esquerda e concentrou as suas baterias na direita, principalmente no CDS e em Paulo Portas. Inteligentemente, aproveitou este tempo de antena para tentar conquistar o seu eleitorado, assumindo-se de direita e tentando disputar o espaço eleitoral de Carmona, Negrão e Telmo Correia. Com a vantagem de nunca ter estado na CML e alegadamente não ter responsabilidades na actual situação da autarquia.
Vídeo do Ginjas e Manuel do Bexiga
2 comentários:
Há de facto bons políticos, com ideias boas, que o sistema não deixa passar.
É o preço que pagam os não alinhados. Vivemos numa ditadura da Comunicação Social.
É espantosa a dualidade da comunicação social, que tenta de todas as formas limitar as escolhas dos eleitores aos do costume. Um pequeno exemplo - Carmona acompanhado de uma quinzena de pessoas, tem a menção "era dia de semana", Monteiro acompanhado pelo mesmo número de pessoas num dia de semana tem notícia com "a pequena comitiva".
Está tudo dito - é uma verdadeira democracia de pacotilha em que os corruptos mandam.
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