sexta-feira, 22 de junho de 2007

Mar a dentro

Brevemente começará a ser discutida, na comissão de saúde da A.R., uma proposta do presidente da Associação Portuguesa de Bioética, Rui Nunes, sobre a autorização da assinatura de testamentos vitais, que visa "permitir que os doentes possam assinar um documento que determina aquilo que querem que lhes seja, ou não, feito no fim da vida, em caso de já não estarem em condições do decidir".
Esta proposta pode ajudar a que seja lançado o debate em torno da eutanásia. Só assim deixaremos de ter pessoas a sobreviverem sem qualidade de vida, quando preferem colocar termo à mesma.

2 comentários:

David disse...

A questão da eutanásia não é como o aborto. Na questão do Aborto, discutiam-se as várias razões pela qual a mulher o poderia realizar, e "apenas" havia a questão ética/religiosa contra.
Para a Eutanásia, além desta razão contra, há o factor Esperança: quem sabe se no mês seguinte não aparece a cura para determinado estado/enfermidade. E qual é o ponto crítico de falta de qualidade de vida? Vai ser uma discussão muito mais acesa e simultaneamente fracturante da sociedade.
Sinceramente, ainda não tomei lado. Parece-me que não há lados definidos - cada situação é uma situação. O problema é não haver lei que aguente com isso. what a mess!!

João Gomes disse...

Atreides,

Quero lembrar que o que aqui nos é proposto não é uma questão de eutanásia. Existe pois um elemento diferenciador bastante importante, que é o facto de ser a própria pessoa antecipadamente, a decidir se em caso de se deparar no futuro com uma situação grave de saúde, quer que lhe ponham um fim à vida.

Abraço