"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, da renda, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
Bertolt Brechet
2 comentários:
E o "alfabetizado político" não será aquele que, depois de ter visto o funcionamento (e o vício) do sistema político, continua (ingenuamente) a acreditar nele ou (desonestamente) a servir-se dele?
Não será muito mais recto e íntegro aquele que, depois de pensar o sistema democrático e conhecer o funcionamento partidário, prefere manter a sua consciência moral e o seu pensamento político livres e independentes?
Nunca desvalorizes aqueles que, conscientemente, se afastam da vida política. Quando se trata de uma uma decisão consciente e reflectida, essa é, regra geral, uma atitude honesta e sensata que deve ser olhada com muita atenção por aqueles que vivem da/na política.
Como dizia uma docente da "nossa casa", que muito admiro e com quem aprendi muito, "a única decisão coerente que posso tomar é votar nulo". Estas pessoas devem ser levadas a sério...
João,
Obrigado por teres vindo comentar. O facto de uma pessoa não envolver nas máquinas partidárias, não quer dizer que não se interesse por política, que não argumente, que não discuta e que, mais importante que o resto, se informe. Há vários tipo de postura na política e o exemplo que deste do docente é bastante aceitável - o que não seria aceitável era se ele nem quisesse saber da política. É isso que Brechet nos demonstra.
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