sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Começa hoje a ser discutida, na Assembleia da República, a nova lei relativa à Interrupção Voluntária da Gravidez. Parece que os grupos parlamentares do PCP, do BE e do PEV vão mesmo apresentar uma proposta para haver o prometido período de aconselhamento.

No meio disto tudo só não percebo a opinião do Professor Cavaco Silva e muito menos as suas intervenções disparatadas. Em primeiro lugar não percebo quando o mesmo nos fala em “arranjar um meio termo” para esta nova lei. Caro Professor, os portugueses foram bem explícitos no dia 11: querem uma nova lei que permita a IVG por opção da mulher, até às 10 semanas e em estabelecimentos de saúde autorizados. Não há, nem tem de haver, qualquer meio termo.

Fiquei ainda perplexo com as mais recentes declarações do Presidente da República sobre o assunto, onde nos diz ser necessário atender às “boas práticas europeias”, para se elaborar a nova lei. Então se as leis dos outros países europeus (que não o Chipre nem a Irlanda), relativas ao Aborto, são consideradas “boas práticas” porque é que o Sr. Professor fez campanha pelo Não no referendo de 1998?

1 comentário:

Gustavo Gouveia disse...

Pa perguntas sobre opções politicas incongruentes, temos é de conversar com a Drª Zita Seabra