Duas semanas depois, acho necessário continuar a reflexão sobre este tema, começando por comentar as restantes candidaturas.
Pedro Quartin Graça – Bem ou mal, o Movimento Partido da Terra já marcou esta pré-campanha, para as eleições intercalares em Lisboa, por dois motivos. O primeiro é o adiamento das mesmas, conseguido através de uma queixa feita pelo dirigente nacional Paulo Trancoso, o segundo é o facto do seu fundador, o Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, não ir na lista do seu partido e apoiar a candidatura de José Sá Fernandes. Na minha óptica, esta é apenas mais uma candidatura para encher, de um partido que vive da permanente filiação de dicidentes de outras forças políticas, vejamos o caso dos ex-militantes do PS/Madeira, ou dos ex-dirigentes do CDS em São João da Madeira e ainda dos militantes e até fundadores do PPM. No entanto, independentemente das contas eleitorais, Pedro Quartin Graça é um bom nome, com experiência parlamentar e uma postura pró-activa na sociedade.
Telmo Correia – Está provado que este jurista é o homem dos momentos difíceis dos portistas, primeiro foi candidato a presidente do CDS, contra um então surpreendente Ribeiro e Castro, agora enquanto vice-presidente do partido dá a cara pelo mesmo em Lisboa. Ninguém pode negar que o CDS tem uma equipa forte, marcada pelo regresso de Nobre Guedes à política activa, rosto este que seria indubitávelmente o melhor candidato centrista à capital. O problema aqui, reside no facto de haverem outras duas candidaturas fortes na direita (Carmona e Negrão) e uma outra não muito forte, mas que tem dado que falar (Manuel Monteiro). Perante isto qual será o futuro do CDS em Lisboa? Muito provavelmente perderá o seu lugar na vereação da CML.
Gonçalo da Câmara Pereira – O irmão do deputado e também fadista Nuno da Câmara Pereira, volta à carga. Depois de ter participado num reallity show da TVI e de ter proposto o nome de Elsa Raposo como candidata à Câmara Municipal de Cascais em 2005, agora decidiu que quer ser presidente da maior autarquia do país. Segundo o que sei, poucos são os monárquicos que apoiam o PPM em mais esta sua cruzada. Os que conheço, tenho visto nas listas do PND, do PSD, do PP e até do Bloco de Esquerda. Parece que o futuro não augura nada de bom para o futuro político do fadista e do seu partido.
Garcia Pereira – O advogado que quer ser bastonário da Ordem, agora também quer ser presidente de câmara. Este maoista assumido é o eterno cabeça de lista do saudoso e saudosista MRPP a tudo que é eleições, os resultados não têm sido os melhores, mas pelo menos o partido continua vivo e a fazer barulho, de vez em quando. Esta candidatura dificilmente conseguirá entrar para as contas eleitorais, esperemos para ver o programa e as ideias.
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