"A reunião que Manuel Alegre marcou para Fevereiro com os seus apoiantes que são militantes do PS tem como objectivo reorganizar a ala esquerda do partido, que se tem apresentado dispersa depois das eleições presidenciais em que o actual deputado do PS obteve 20,74%, contra 14,3% do candidato oficial do PS, Mário Soares.
O encontro reunirá socialistas de norte a sul do País que estiveram nas eleições presidenciais ao lado de Manuel Alegre, afrontando nessa altura a direcção do partido. E vai servir para reflectir sobre as estratégias de futuro deste grupo que, em Janeiro de 2005, valeu um milhão de votos, em confronto com a máquina do PS.
Na sequência das eleições presidenciais foi fundado o MIC - Movimento Intervenção e Cidadania. Vários núcleos foram criados por todo o país, mas as acções do Movimento têm tido até ao momento pouca visibilidade pública.
Com um Partido Socialista a governar mais à direita, uma parte do eleitorado socialista poderá não se estar a rever nas políticas actualmente aplicadas pelo executivo. A hipótese de um novo partido que possa aglutinar eleitorado socialista descontente com o Governo PS tem sido objecto de movimentações e conversas de bastidores."
O encontro reunirá socialistas de norte a sul do País que estiveram nas eleições presidenciais ao lado de Manuel Alegre, afrontando nessa altura a direcção do partido. E vai servir para reflectir sobre as estratégias de futuro deste grupo que, em Janeiro de 2005, valeu um milhão de votos, em confronto com a máquina do PS.
Na sequência das eleições presidenciais foi fundado o MIC - Movimento Intervenção e Cidadania. Vários núcleos foram criados por todo o país, mas as acções do Movimento têm tido até ao momento pouca visibilidade pública.
Com um Partido Socialista a governar mais à direita, uma parte do eleitorado socialista poderá não se estar a rever nas políticas actualmente aplicadas pelo executivo. A hipótese de um novo partido que possa aglutinar eleitorado socialista descontente com o Governo PS tem sido objecto de movimentações e conversas de bastidores."
Diário de Notícias
1 comentário:
Camarada Alberto Martins
Vi ontem no Telejornal a sua intervenção sobre o Voto de Pesar feito pelo deputado do CDS-PP a propósito dos 100 anos do Regicídio. Gostaria de lhe dizer que discordo com a posição assumida pelo PS, no nosso partido há militantes monárquicos para além de republicanos e há simpatizantes do PS que são monárquicos. No mínimo podiam ter-se abstido da votação mas quiseram ter uma posição que é contra a esmagadora maioria da população portuguesa, o CESOP em 2002 fez uma sondagem onde 75% da população portuguesa condenava abertamento o regicídio. Pode pensar que estava em causa a Questão de Regime, pode pensar à vontade assim mas contradiz por completo os princípios humanistas que fazem parte do património de esquerda do PS. Nenhum ideal político ou religioso tem o direito de tirar a vida a quem quer que seja, ao pactuar com o Regicídio o PS está ao lado do Terrorismo. Gostaria de saber que posição o PS terá se infelizmente houver um ataque da Al-Queda em Portugal ?
Sinceramente é triste especialmente para o PS que se acha herdeiro do legado do Partido Socialista Português de Antero de Quental, o qual em 1909 foi chamado por El-Rei D.Manuel II para negociações a constituir um governo porque El Rei dizia “que o Partido Socialista era o partido que representava melhor a vontade do Povo”, desculpe que lhe diga mas com esta atitude no parlamento o PS traiu o seu legado. À 100 anos o PSP era uma coisa o PRP era outra.
A Casa que vossas excelências frequentam todos os dias antes de ser Assembleia da Republica era a Câmara dos Pares, vocês representam o Povo português e não a republica. Era a vida de um Chefe de Estado Legítimo que tinha sido tirada à 100 anos. Quanto ao 1 de Fevereiro e à legitimidade de D.Carlos, bem sabe que os Reis desde D.Pedro IV até D.Manuel II eram aclamados no Parlamento ou votados pelos deputados ( inclusive os republicanos ). Como o senhor é a favor da rectificação do Tratado de Lisboa pelo Parlamento então reconhece a legitimidade dos Reis Constitucionais de Portugal, o instrumento é o mesmo … O Parlamento.
Quanto à luta pela Liberdade, gostaria de lhe dizer que para além de Monárquico sou Militante Socialista, porque acredito no Estado Forte, na luta pelos mais desfavorecidos e votei favoravelmente a Lei do Aborto embora seja contra a liberalização total. Penso que só isto quê lhe disse me caracteriza como sendo de esquerda, quanto a ser monárquico e patriota a cor política não está em causa.
Na minha família existe uma tradição de mais de 100 anos pela luta pela Liberdade, a minha família também como o senhor é do Porto. Manuel Vilela meu avô esteve na comissão de Honra quando da candidatura de Humberto Delgado, foi preso duas vezes pela PIDE e era monárquico. Durante a 2ª Guerra Mundial prestou serviços aos Serviços Secretos Americanos com um louvor escrito pelo presidente do EUA, hasteava no seu jardim o Porto a Bandeira Americana. Além disso era um fervoroso simpatizante do Partido Democrata. A Luta pela Liberdade não é património do PCP como eles julgam, a luta pela Liberdade também é nossa mas para ela seja válida não pode colidir e nem pode contradizer os princípios da Esquerda Democrática que é frontalmente contra o uso de violência para atingir os seus fins.
Obrigado pela atenção
Rui Monteiro
Militante do PS nº34045
p.s. : Esta Carta é Aberta
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