domingo, 17 de fevereiro de 2008

Parabéns a você

Ontem este blog fez um ano: quase 400 posts e cerca e 9600 visitantes. Obrigado por tudo. Vou tentar que o mesmo melhore e principalmente seja mais actualizado.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Mas que grande noite

Obama vence em Washington, Nebraska, Louisiana e nas Virgins Islands - já do lado Repúblicano Huckabbe ganhou a McCain todos os estados que estavam hoje em disputa. O CCM não vai dormir muito bem - Carlos é o que dá teres essas simpatias erradas.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Yes We Can: Next Round

Sábado primárias democratas em Louisiana, Nebraska e Washington e ainda no território das Ilhas Virgens, nas Caraíbas.

Primárias 08

Ontem foi uma noite difícil, para aqueles democratas que ainda acreditam em candidatos com conteúdo e que não se deixam afectar por lágrimas forçadas. Fui acompanhando os resultados eleitorais numa iniciativa promovida pelo blog Psicolaranja, que está desde já de parabéns.
A noite correu bem a McCain e a Billhillary - desculpem é Hillary. Segundo li na imprensa de hoje, parece que foram os hispânicos e as mulheres que juntamente com a máquina do partido democrata, desculpem mas isto a imprensa não diz, travaram o crescimento eleitoral de Obama.
Mais uma vez recordo que do lado democrata estamos perante uma de duas escolhas: a mudança de Obama ou o regresso do clã Clinton à sala oval. Inevitavelmente perfiro a primeira, pois só essa representa um verdadeiro sinal para o mundo, só esta pode trazer paz e confiança. Lembro que Hillary votou a favor da invasão do Iraque, como tal mais não é do que uma republicana sobre a máscara do partido do burro.
Embora Billhillary tenha ganho importantes estados como a Califórnia e Nova Iorque, Obama venceu na maioria dos estados (13) - espero que isto ajude a inverte a situação. Vamos aguardar pelos restantes resultados, nomeadamente relativos ao número de delegados conseguidos por cada candidato.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Yes We Can - CHANGE

Nunca como há já muito tempo tinha visto a sociedade civíl americana tão mobilizada em torno de uma só pessoa, de um rosto que representa a verdadeira mudança - uma lufada de ar fresco na política internacional, um pacifista nato com postura, visão estratégica e que é, cada vez mais não o duvidem, acarinhado pelo seu povo.

A política e o mundo, um pouco por toda a parte, aguardam por mudança - todos juntos podemos fazer alguma coisa, como diz Obama no seu discurso: Yes We Can Change. Hoje é um dia decisivo para os E.U.A. e inevitavelmente para o mundo, é uma pedrada no charco para com este clima de insegurança internacional - é o florescer de uma nova dinâmica social, é o derrubar do racismo e dos preconceitos que abundam pelo mundo.

Mais que isso, é um sinal para uma Europa que cada vez mais perde o seu vínculo de ligação à esquerda social, herdeira de uma ideário fraterno e solidário - o sinal vem de onde mesmo se esperava, dos E.U.A. que agora gritam bem alto mudança. Esperemos que hoje o voto dos norte-americanos seja em Barack, é um sinal, um grande sinal - o mundo está a mudar.

Democracia

Já havia anteriormente, neste mesmo espaço, demonstrado a minha oposição a qualquer lei que defina o número mínimo de militantes de um partido político, para que o mesmo possa existir - como tal, gostava apenas de dar os parabéns aos pequenos partidos, pela decisão do Tribunal Constitucional.
Só espero que agora comecem a trabalhar, fiquem com uma nova dinâmica, angariem mais seguidores e contribuam em mais e melhor para a política portuguesa. Um primeiro passo seria começarem a actualizar os seus sites - uma excepção, o PND.

Super terça-feira

Daqui a algumas horas os democratas e republicanos, de cerca de 22 estados, vão decidir sobre qual será o melhor candidato do seu partido às eleições norte-americanas. Muito se tem escrito sobre o assunto e estou longe de ser um especialista na matéria, no entanto fica o meu voto de solidariedade, infelizmente é o único com que posso contribuir, para com Barack Obama.
Com os dois mandatos de George W. Bush o país mais influente do mundo teve um percurso absolutamente desastroso, que culminou com a invasão ao Iraque e qual cereja no topo do bolo, a descoberta de que afinal não existiam armas de destruição em massa.
Qualquer um pode argumentar que não existiam armas, mas que era claro o financiamento do Iraque a grupos islâmicos fundamentalistas, talvez os mesmos que já foram apoiados, financiados e treinados pelos E.U.A. - afinal quem inventou a Alqaeda e o seu eterno líder Osama Bin Laden?

É por este motivo que acredito em Obama, por ser uma pedrada no charco desta política externa desastrosa, que tantas mortes causou um pouco por todo o mundo - é pela paz que acredito numa vitória do partido democrata, com Barack como seu timoneiro. Já quanto a Hillary desculpem mas não acredito em figuras pré-formatadas, em cabeleiras loiras que parecerem elaboradas a photoshop e que escondem um vazio de conteúdo que me assusta.

Sei que muitos socialistas têm medo de uma vitória de Obama, têm medo de um negro de nome Barack a líderar o maior país do mundo - este facto não me assusta. BO é novo e tem tudo para vencer, para renovar a política norte-americana e mais uma vez me repito, dar paz ao mundo.

Go Obama go!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Ainda sobre Barrilaro Ruas

No programa da TSF em que foi entrevistado pelo Carlos Vaz Marques disse uma coisa muito interessante: "sou tradicionalista, mas não conservador". Fazem falta homens destes, que honrem as tradições mas tenham o olhar no futuro e não esqueçam o património de um povo mas, ao mesmo tempo, também não olhem com desconfiança para o que é novo.

Chavez da Madeira comemora 65 anos

E pronto - em que outra data que não o carnaval poderia Alberto João Jardim comemorar o aniversário? Mas meu caro, já são 65 anos, não estará na altura de começar a pensar na reforma? E por favor não fique igual ao Fídel, é que se não ainda manda para lá o irmão, que pode ser ainda mais bronco.

4 meses, 3 semanas e 2 dias

Um filme chocante sobre o aborto ilegal, mais que isso, sobre o aborto quando é praticado num estado avançado de gestação - uma pérola do cinema Romeno, que conta com uma representação brilhante de Anamaria Marinca.
A história é sobre duas estudantes romenas, que vivem numa residência, uma delas (ou talvez as duas) engravidam é só aos quatro meses, trê semanas e um dia decidem recorrer ao aborto - talvez por inconsciência? Talvez por falta de dinheiro?
Pagam em sexo e em dinheiro, o pouco que tinham, por um aborto feito na cama de um hotel - durante todo o filme não aparece nem a família da jovem grávida, nem o futuro pai.
Dá que pensar. Palma de Ouro em Cannes.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Henrique Barrilaro Ruas - o monárquico anti-colonialista

"No 3º Congresso da Oposição Democrática de Aveiro advogou o urgente derrube do regime para que "os povos do Ultramar sejam senhores dos seus próprios destinos".
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Entrevista «Pessoal e Transmissível» de Carlos Vaz Marques, TSF, 5 de Junho de 2003.

João Camossa mais um resistente anti-salazarista que gostaria de ser lembrado por esta época

"Quando chega D. Sebastião?", perguntava um brincalhão ao telefone, pouco depois do 25 de Abril de 1974. "Daqui fala o próprio", retorquia, da sede do Partido Popular Monárquico, João Camossa. Nessa época - antes das primeiras eleições -, lia-se nas paredes: "Queremos o Camossa na Assembleia."

"Candidato oposicionista nos tempos de Salazar e Caetano, trocou o lugar destinado aos advogados pelo banco dos réus quando a PIDE "concluiu" que ele seria cúmplice dos seus clientes do golpe de Beja de 1961. Revelou que se iria apresentar no tribunal apenas envolvido na toga e, se o mandassem tirar o trajo, ficaria nu. O juiz fascista, sabendo de tudo, evitou o escândalo."

Henrique de Paiva Couceiro



"O Portugal legítimo do «Se não, não» foi substituído por um Portugal artificial, espécie de títere, de que o governo puxa os cordelinhos.
Vela a Polícia e o lápis da Censura.
Incapacitados, uns, por esse regímen de coibições - entretidos, outros, com a digestão, que não lhes deixa atender ao que se passa, jaz a Pátria Portuguesa em estado de catalepsia colectiva."
Está em perigo a integridade nacional. É isto que venho lembrar-lhe, Senhor Presidente do Conselho."
Carta de Henrique de Paiva Couceiro a António de Oliveira Salazar, em 31 de Outubro de 1937 - In Os Monárquicos e o Ultramar, Lisboa, Biblioteca do Pensamento Político, 1971, pp. 12-18

Num outro blog que já alimentei cheguei a falar do livro "Henrique de Paiva Couceiro um Herói Português" de Vasco Pulido Valente - uma excelente obra bibiográfica sobre um condestável do reino, um lutador como houve poucos na nossa história e um Nuno Álvares Pereira do início do século XX.

Numa altura em que se fala de Monarquia, do Regícidio e da posterior implatação da República, é preciso não esquecer o outro lado, de quem lutou até ao fim por uma causa, levando até ao último dos limites a convicção de uma ideologia - que para aqui não interessa que seja boa ou má. A verdade é que não se dá nas escolas a história de HPC, o ensino laico e republicano, que tantas vezes elogio, deixou cair um herói.

Vou então tentar falar, o mais resumidamente possível, sobre o legado que HPC nos deixou. Ainda muito novo ingressou no exército, no mesmo dia em que se torna oficial envolve-se numa discussão no Chiado, onde acaba por matar o seu adversário, que havia insultado sua mãe - é pois enviado para África, onde fica conhecido por vários feitos heróicos. Um dos episódios mais caricatos durante a sua estadia em África, primeiro como militar e depois como governador, é quando se dá o Últimato Inglês e o comandante decide ir à conservatória retirar o nome inglês que havia herdado da mãe.

Retornado a Portugal e várias vezes aclamado pelos seus feitos heroícos nas colónias, HPC é um dos únicos monárquicos que ousa pegar nas armas no 5 de Outubro - foi também o último a render-se. Nessa altura Afonso Costa chama-o e convida-o a aceitar a república e ajudar na reforma do país, HPC recusa-se e dá-lhe um prazo para convocar um plesbícito em que o povo poderia escolher sobre que sistema de governo queriam ver orientado o seu país - nunca obteve uma resposta.

Não se conformando com a revolução repúblicana, HPC decide rumar para a Galiza onde começa a preparar uma incursão monárquica pelo norte do país, convencido de que conquistando esta região, largamente monárquica, conseguiria que ocorresse uma revolução também em Lisboa e que o povo instaura-se novamente a monarquia. Começando a formar o seu pequeno exército apelou à nobreza que o ajuda-se, sendo que muitos foram os jovens que a ele se juntaram em Espanha - apelou então ao Rei D. Manuel II, então exilado em Inglaterra com sua mãe D. Amélia esposa de D. Carlos, que o ajudasse nesta causa. Ao que me parece o monarca deposto não parecia muito interessado no assunto e apoio tardou sempre em chegar.

Mesmo com um exército com apenas mil e poucas pessoas, a sua grande maioria inexperiente no que ao exercício militar diz respeito e muito mal armada, HPC decidiu rumar, sem sucesso, por duas vezes, até ao Norte do país - das duas vezes a adesão popular não correu como havia planeado e os militares do regime rápidamente acabaram com os incidentes. No entanto, à terceira tentativa HPC conseguiu finalmente chegar ao Porto e instaurar a Monarquia do Norte, que mesmo não recebendo o avalo de Lisboa, acabou por resistir um mês. Esta incursão contou com o apoio de Aires de Ornelas Lugar-Tenente do rei deposto.

Depois deste feito heroíco acabou por deportado para as ilhas espanholas, de onde sempre manifestou a sua oposição ao regime e posteriormente também ao Estado Novo e a Oliveira Salazar - ao contrário da Rainha D. Amélia que como se prova em documentos guardados na Torre do Tombo, trocou várias cartas com Oliveira Salazar, com quem mantinha uma relação muito próxima. HPC acabou por falecer em Lisboa, num simples apartamento, onde os únicos objectos que o habitavam eram as três espadas com que havia combatido em África e tentado restaurar a monarquia, uma cama, uma bandeira monárquica e uma cruz.

D. Carlos I - o diplomata

Não quero com a publicitação deste vídeo difundir qualquer tipo de ideário, cem anos passados desde o regícidio, quero apenas contribuir para o debate sobre a vida e obra do Rei D. Carlos. Quando o faço estou ciente que posso ferir várias susceptibilidades repúblicanas, sendo que muitos continuarão a dizer que o 1º de Dezembro foi um mal necessário - costumamos dizer que a história julga os factos, neste caso ainda não julgou, talvez por isso este seja o primeiro 1º de Dezembro onde há debate.

O Rei D. Carlos foi um homem avançado no seu tempo, rompeu em muito com uma tradição de obscuridade intelectual que afectou vários dos monarcas da nossa história, bem pelo contrário ficou conhecido como um homem das artes, pintor de qualidade reconhecida, um diplomata de, várias vezes referido, reconhecido mérito, que ousou dizer: "vamos sentar Portugal à mesa das nações civilizadas". Deu cartas na área das ciências naturais tendo inclusivé obra publicada sobre esta temática e destacou-se também enquanto amante do mar e da navegação.

Este monarca, no entanto, reinou numa época difícil, arrisco-me a dizer das piores que Portugal já viveu, numa altura de grave crise financeira, do ultimato inglês, do mapa cor-de-rosa em África e em que o anarco-republicanismo se ia movendo nas cerimónias carbonárias e nos cafés de Lisboa. Cometeu um erro, esse sim grave, de legítimar a ditadura de João Franco, talvez aí tenha também legítimado a oposição repúblicana, que concretizou num atentado aquilo que nunca conseguiu fazer nas urnas, onde nunca foi realmente representativa no parlamento.

Defendo que não devemos apagar a história e D. Carlos é uma figura incontornável da mesma, tal como não devemos esconder o 5 de Outubro, tanto o de 1143 como o 1910. Na república também houve heróis e têm que ser louvados e acarinhados pelo seu país - mas lembrar os nossos monarcas, nas suas virtudes e defeitos, como o fiz aqui é uma exigência de patriotismo muito mais importante do que continuarmos a discutir a dictomia República/Monarquia - sobre essa ainda muitas linhas serão escritas.

O Regícidio e a Causa Real

O movimento monárquico português parece querer despertar de um longo sono - quer me parecer que isto não é mau para a política portuguesa e só vai enriquecer o debate democrático. Aproveitando o centésimo aniversário do atentado que vitimou o Rei D. Carlos e o Príncipe Herdeiro D. Luís Filipe, Paulo Teixeira Pinto tornou-se presidente da Causa Real e já começou a mobilizar os seus correlegionários para uma petição que pretende converter o dia 1 de Fevereiro em dia de luto nacional - num país com tantos feríados e datas festivas, tal facto não me choca.

No canto direito aqui desta tasca têm uma série de hiperligações para movimentos monárquicos que, à semelhança do que acontece na extrema-esquerda, são na grande maioria pequenos grupos de activistas, que pouco ou nada fazem de produtivo e que se dispersam em discussões e tricas inúteis. O único movimento verdadeiramente expressivo no mundo monárquico é a Causa Real, embora viva refém de um marialvismo um tanto ou pouco bajulador da figura de D. Duarte de Bragança, conta com cerca de 10 000 associados - desta forma parece-me que a Causa Real só pode vingar se conseguir aproximar-se da sociedade civíl, dos poucos políticos que se identificam com o seu ideário e divulgar através da internet o seu projecto aos mais jovens.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Eleições, concelhias e outras touradas

Dizem por aí que dia 7 de Março vão haver eleições para a Comissão Política Concelhia de Lisboa do meu partido. Fica a sugestão dos sites das candidaturas:
Dar Força à Juventude - Blog Jovem de apoio a Miguel Teixeira